BRINCOS-DE-PRINCESA (fuchsia hybrida)
Se há flores que desde sempre habitaram os jardins portugueses ricos ou pobre são os brincos-de-princesa. Quem, quando era criança nunca apanhou duas flores e as pendurou nas orelhas a fazer de brincos? Tal como fazíamos com as pétalas da sardinheira que colávamos nas unhas para imitar as unhas pintadas das mães, avós e tias? Há flores que fazem parte do nosso imaginário colectivo e habitam nos nossos jardins desde a época dos descobrimentos. Uma delas são os brincos-de-princesa.
Brincos-de-princesa
Arbusto originário da América do Sul, de folha caduca (também há variedades de folha perene), onde cresce em florestas húmidas e conta mais de 100 espécies. É hoje muito cultivada em todo o mundo, contando com variedades de flores simples, e dobradas hibridizadas em laboratório a partir da fuchsia triphylla. As variedades simples são mais resistentes. A espécie mais resistente é a Fuchsia magellanica que pode suportar -10º C no Inverno. As folhas são opostas, ovais, com 3-9 cm de comprimento e 2,5-5 cm de largura. Há plantas de ramagem erecta e outra de ramagem pendente. Arbustos de 30 cm a 1,50 m. O nome foi-lhe dado em honra do botânico alemão Leonhart Fuchs (1501-1566).
Planta-se na Primavera, em solo bem adubado, protegido dos ventos e do sol da tarde no Verão. Prefere a meia-sombra. Ph neutro a ácido mas nada calcário. Floresce de Maio a Outubro e necessita durante este período para florir bastante, de adubo líquido para plantas de flor, acrescentado à água da rega, de 15 em 15 dias. Precisa de um solo sempre fresco mas não húmido. Palhar junto ao pé da plantas nos meses quentes para evitar a evaporação e manter o solo fresco. Durante o Inverno convém cobri-la com uma capa invernal ou em regiões muito frias cultivá-la em vaso para a recolher para o interior da habitação durante o Inverno.
Multiplica-se por estaca ou semente (embora seja mais difícil por semente). Produz um fruto comestível, uma baga de 5-25 mm, mas que não é muito apreciado. A Fuchsia splenders é, segundo dizem, a mais saborosa. Pode ser atingida por piolhos e ácaros.
PODA:
Poda de Inverno
Serve para obter uma planta mais volumosa e floração mais abundante. No Outono (Novembro) após a floração, uma poda drástica das hastes, retirando 2/3 do seu comprimento, permite reduzir o risco de estragos devido a geadas. Nas que são conduzidas em forma de pequenas árvores podam-se os ramos principais em 1/3 do seu comprimento. Use uma protecção Invernal pois são todas muito sensíveis ao frio.
Poda de Verão (da Primavera até final do Verão)
Eliminam-se folhas e flores que vão secando à medida que tal vai ocorrendo, para favorecer o surgimento de novos botões e palha-se junto ao pé da planta. Eliminam-se ramos mortos ou doentes. Despontam-se as extremidades acima de um par de folhas novas (com os dedos ou uma simples tesoura), deixando apenas 3 pares de folhas, para que ela se ramifique e surjam rebentos laterais.
QUADRO DA PODA
PODA DE INVERNO (Novembro)
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PODA VERDE
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Elimina-se 2/3 do comprimento de cada haste. Nas que são conduzidas em forma de pequenas árvores elimina-se 1/3 do comprimento dos ramos principais.
| Eliminam-se folhas e flores secas; ramos secos; ramos mortos ou doentes.
Despontam-se as extremidades dos ramos acima de um par de folhas novas, deixando 3 pares de folhas, para que a planta ramifique e surjam rebentos laterais.
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