Desde o inicio da humanidade no planeta, o Homem sempre esteve intimamente ligado com a Natureza. Ao homem primitivo, ela ofereceu alimento e abrigo, forneceu-lhe a madeira, a pedra ou a terra para se aquecer, construir seus abrigos, e para criar os utensílios que ele necessitava, assegurando-lhe a sobrevivência. Ao homem civilizado ela fornece as matérias-primas de que ele necessita para as suas indústrias. O carvão, petróleo, o gás, o vento como força motriz, a energia geotérmica, a força das águas para fazer funcionar as suas máquinas ou fornecer-lhe energia eléctrica, a terra como solo fértil para a agricultura para que a humanidade se alimente. No terceiro milénio, numa visão holística do ser humano, percebemos pelos conhecimentos ancestrais e pelas constantes descobertas cientificas que ela nos oferece muito mais. Oferece coisas que não vemos mas são reais, como a energia, o magnetismo e tantas outras descobertas espantosas, benéficas para alma humana. Só agora começamos paulatinamente, a tomar consciência da nossa ligação profunda à Natureza e da nossa dependência dela para sobrevivermos no planeta Terra.
Os benefícios que o contacto com a Natureza, fonte de vida, traz para o ser humano são enormes, sobretudo para o seu equilíbrio físico, mental e emocional, o que é compreensível pois somos parte dela, fazemos parte dos Reinos da Natureza, portanto é lógico que em contacto directo com esta fonte de energia haja uma relação de completude. Ela é também uma fonte de ensinamentos e de riqueza. Ela fornece-lhe bem-estar e prazer. É facto comprovado por diversos estudos que ouvir os sons da Natureza nos acalma e nos dá uma maior produtividade no trabalho ou pelo menos nos ajuda a trabalhar com ânimo e alegria. Olhar para o verde das plantas, para a beleza e perfume das flores, para as aves voando, mesmo que seja através duma janela e ouvir o canto dos pássaros nos acalma e por vezes, nos faz meditar na importância real dos problemas que nos afligem e de algum modo, ainda que inconscientemente, ela nos remete para a ligação profunda que sempre existiu entre ela e o ser humano há éons. Há muitas décadas que médicos mandam certos doentes para o campo ou para perto do mar, consoante os casos a tratar.
Há hoje muitas terapias que usam esta ligação para alcançar resultados mais rápidos, seja levando as pessoas para o meio da Natureza e fazer aí as terapias, (yoga, meditações e outras atividades; passeios e caminhadas; andar descalço na Natureza para receber a carga rica em eletrões presentes no solo e que segundo alguns cientistas ajuda a curar doenças; seja aconselhando a actividade de jardinagem para desenvolver mais intimamente esta ligação) ou levando a Natureza às pessoas através de técnicas holísticas que usam plantas, essências e aromas de plantas, pedras, água, terra, sons da natureza, vibrações que proporcionam curas e novas percepções sensoriais. A tendência é o aumento, a diversificação, a intensificação, a divulgação e acessibilidade para todos destas técnicas e seus benefícios.
O sol é um ativador da vitamina D, tão importante para os organismos físicos. Para ossos e dentes, por melhorar a absorção de cálcio, melhora o humor, melhora a circulação sanguínea pelo relaxamento dos vasos sanguíneos; melhora a produção de Melatonina uma hormona responsável pelo sono e pela reparação das nossas células epiteliais por produzir antioxidantes. O ar que respiramos na Natureza é muito diferente do ar das cidades, dos gabinetes de trabalho. Quantas vezes a primeira coisa que fazemos em contacto com a Natureza é um respirar fundo inalando todos as fragrâncias confundidas do espaço natural em que nos encontramos. E que bem isso nos faz! Quantas vezes ouvimos pessoas que estão muito preocupadas com algo ou stressadas dizerem que vão fazer um percurso pé? «Preciso de andar e apanhar ar...», dizem. Porque quanto melhor for a oxigenação do cérebro, melhor nos sentimos. Respirar ar fresco ajuda a regular os níveis de substâncias benéficas no nosso organismo e a sentirmo-nos bem e felizes. Mexer na terra, é um anti-depressivo natural.
Estudos científicos comprovam que passar algum tempo na Natureza sem utilização de tecnologias, permite deixar problemas e stress em segundo plano, relativizando os problemas e ajuda a aumentar o nosso foco, pois permite ao nosso cérebro descansar um pouco das solicitações continuas do nosso quotidiano apressado e ocupado. Nas cidades os nossos cérebros são hiper-estimulados pelo barulho, pelas luzes, pelas tecnologias, pelo movimento das pessoas, pelas lojas que muitas vezes nos impulsionam para adquirir aquilo de que não necessitamos.... Muitas pessoas, sobretudo jovens, sentem hoje a necessidade de fugir das cidades e regressar ao campo. Todos afirmam que a qualidade de vida não tem par. Ainda que as tecnologias ajudem a este regresso, as pessoas que o fazem não ficam presas a elas, usam-nas apenas como tecnologias que são, para lhes permitir viver no campo assegurando através delas, divulgar o trabalho que fazem e obter um rendimento extra. As tecnologias estão aí, não para nos prender mas para nos libertar para fazer aquilo que verdadeiramente gostamos e viver de um modo holístico.
Pesquisadores dinamarqueses da Universidade de Aarhus (Dinamarca), fizeram um estudo sobre a possibilidade da frequência de espaços-verdes na infância diminuírem o risco delas desenvolverem transtornos mentais mais tarde na vida adulta. O estudo foi publicado em 26-02-2019, na revista PNAS. A conclusão é que para crianças que frequentaram ou viveram perto de grandes espaços-verdes o risco de desenvolverem esses transtornos mentais era menor em cerca de 55%.
Pesquisadores dinamarqueses da Universidade de Aarhus (Dinamarca), fizeram um estudo sobre a possibilidade da frequência de espaços-verdes na infância diminuírem o risco delas desenvolverem transtornos mentais mais tarde na vida adulta. O estudo foi publicado em 26-02-2019, na revista PNAS. A conclusão é que para crianças que frequentaram ou viveram perto de grandes espaços-verdes o risco de desenvolverem esses transtornos mentais era menor em cerca de 55%.
Portanto a frequência de espaços-verdes e a preservação da Natureza é essencial. Temos que a respeitar, amar e preservar, como condição para a nossa sobrevivência. Destruir a Natureza é sabotarmos-nos e dificultar o desenvolvimento da nossa civilização.
Dito isto, todos aqueles que têm um terreno, uma parcela, uma horta, um pomar, um jardim, tratem dele. Os benefícios que colherão não são apenas um cabaz de produtos para uma alimentação saudável e livre de pesticidas. Vai muito além. Porque durante todo o tempo em que se ocuparam das vossas terras, estiveram em contacto íntimo com a Natureza. Outros problemas ficaram em segundo plano e talvez até tenham acabado por se resolver satisfatoriamente; talvez outros problemas e questões se tenham relativizado e perdido importância; respiraram ar mais saudável que os vossos pulmões agradeceram; tiveram tempo e disponibilidade para observar e se maravilharem com a Natureza; quem sabe, alguns tenham até percebido que existe muita abundância nas suas vidas...
Mas se não sentiram nada disto está tudo certo, contentem-se com a abundância que as vossas hortas, pomares e jardins vos oferecem quando trabalhados com sabedoria e carinho, apreciem a abundâncias das vossas frutíferas com fruto, apreciem a vida...!!
Leia também: DE REGRESSO AO CAMPO
Mas se não sentiram nada disto está tudo certo, contentem-se com a abundância que as vossas hortas, pomares e jardins vos oferecem quando trabalhados com sabedoria e carinho, apreciem a abundâncias das vossas frutíferas com fruto, apreciem a vida...!!
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