PODA DA ROSEIRA

ROSEIRAS

A roseira é originária da china e do Japão. Conhecida e cultivada desde há 5000 anos. Planta cujo caule é portador de acúleos (espinhos) tanto para se proteger como para se apegar a outras plantas e trepar. Folhas com 5 ou 7 lóbulos e têm os bordos dentados.


Folha de roseira com 5 lóbulos

Gosta de terra bem adubada e bem drenada. Precisa de 5-7 h de sol por dia pelo que deve ser plantada ao sol, mas detestam sol junto ao pé e raízes porque seca o solo e ela gosta de solo sempre fresco. Por isso o pé deve estar protegido com palha. Não se deve regar as roseiras nas folhas para evitar fungos e humidades, rega-se junto ao pé.

Plantam-se na Primavera ou no Outono. Faz-se um buraco de 50X50 cm em todos os sentidos. O ponto de enxerto deve ficar ao nível do solo, nem enterrado, nem muito acima. Comprime-se a terra com as mão para evitar bolsas de ar que podiam apodrecer as raízes. Os fertilizantes devem ser orgânicos. Rega-se abundantemente. No fim palha-se para evitar ervas daninhas e guardar a humidade do solo.

Deve-se ter o cuidado de tirar ervas daninhas junto ao pé sempre que apareçam. A roseira precisa de poda para manter uma forma, florir em abundância e equilibrar a vegetação da planta. No Outono, quando perde as folhas, efectua-se a pulverização com calda bordalesa para prevenir fungos e pragas e coloca-se palha no pé para proteger do frio.

Regam-se de manhã para que a planta tenha tempo de secar e não guardar humidade nas folhas para evitar fungos.

Há 4 tipos de roseiras:

- Roseiras miniatura
- Roseiras arbustivas
- Roseiras altas (enxertadas num tronco) com cerca 1,50 m
- Roseiras trepadeiras

Podem ser remontantes ou não remontantes, ou seja florirem 1 vez por ano ou 2 vezes por ano.

Multiplicação por estaca no Outono.

PODA

Podam-se 2 ou mais vezes por vezes por ano, na lua em crescente ou lua nova. A poda principal realiza-se à saída do Inverno, quando já não há risco de geada. As outras é no Verão. Deve usar-se sempre luvas de pele para evitar picar-se.

Ramos abaixo do enxerto devem ser todos eliminados, bem como ramos mortos, doentes ou velhos. As flores crescem, essencialmente, nos ramos novos que nascem na primavera.

As flores murchas, depois de podadas não se deixam no chão ao pé da planta nem se põem no composto, deitam-se para o lixo. Nenhum resto de poda deve ser deixado ao pé da planta, para evitar doenças.

Roseiras arbustivas não remontantes (só florescem 1 vez no ano)

Podem ter de 60 cm a 1,20 m de  altura, consoante a variedade.

Poda principal ⇒ Podam-se no fim da floração (Agosto-Setembro). Ramos ladrões eliminam-se rente ao solo e todos os que estiverem abaixo do ponto de enxerto.

Elimina-se madeira velha, morta, doente, ramos que crescem para interior da planta e ramos fracos. Formação em taça, deixando o interior da planta livre para lhe permitir receber luz e ficar arejada. Deixam-se 3-5 ramos principais que se podam a 3-5 gomos, a contar a partir do ponto de enxerto, poda-se acima de um gomo virado para fora.

Poda de Primavera Durante a floração. Sempre que as flores murcham retiram-se para não estragar a estética da planta, antes que formem a semente. Mas como se eliminam? As 2-3 primeiras folhas a seguir à flor, servem para nutrir a planta, têm normalmente 3 lóbulos, não se tomam em conta, depois destas contam-se 3 folhas e depois corta-se (ou seja, na prática contam-se 5-6 folhas abaixo da flor e corta-se). Cada folha da roseira pode ter 5 ou 7 lóbulos.

No Outono, quando perde toda a folhagem, pulveriza-se com calda bordalesa para prevenir fungos e pragas. Se por acaso nesta altura nos deparamos com alguma madeira morta elimina-se.

Roseiras arbustivas remontantes (florescem mais do que 1 vez):

Poda principal Podam-se à saída do Inverno, quando já não há risco de geada (Fevereiro-Março). Em forma de taça. Ramos ladrões eliminam-se rente ao solo e todos os que estiverem abaixo do ponto de enxerto. Elimina-se madeira velha, morta, doente, ramos que crescem para interior da planta e ramos fracos. Deixa-se o interior da planta livre para lhe permitir receber luz e que o ar possa circular. 

Deixam-se 3-7 varas principais que se podam a 3-4 gomos a contar do ponto de enxerto, podendo podar a 1 gomo os ramos mais fracos sempre acima de um gomo (olho) virado para fora. Vai florescer na madeira do ano a partir de Abril-Maio.

Poda de Verão Podam-se no fim da 1ª vaga de floração (principio de Julho), para preparar a 2ª vaga de floração (Setembro). 

Vão-se eliminar todas as flores murchas ou a murchar, dão-se umas palmadinhas na flor para ver se estão firmes ou a perder as pétalas, estas são para eliminar. Mas onde se deve cortar a flor murcha? As 2-3 primeiras folhas logo a seguir à flor servem para a alimentar, os seus brotos nunca darão flores, as folhas têm normalmente 3 lóbulos (têm sempre menos lóbulos do que as folhas dos ramos da roseira), por isso não se tomam em conta. Contam-se 3 folhas a seguir a estas primeiras que acabámos de referir e poda-se. Na prática poda-se a 5-6 folhas a partir da flor murcha.

Roseiras trepadeiras não remontantes (só dão flor 1 vez no ano)

As roseiras trepadeiras, exigem sempre ser tutoradas (ter um suporte por onde trepar). Pode ser junto a um muro, fachada da casa, latada, cerca, etc. Os ramos depois de trepar um pouco a direito devem ser tutorados na horizontal para abrandar a seiva e favorecer a floração.

A poda das roseiras trepadeiras é diferente das outras. Ela deve permitir à planta continuar a trepar pelo seu suporte, continuando a oferecer uma bela floração. Guardam-se sempre ramos novos bem posicionados para substituir os velhos e assim renovar continuamente a estrutura da roseira.

Poda principal Podam-se logo após a floração (Agosto). Elimina-se madeira velha, morta, doente, ramos que crescem para interior da planta e ramos fracos. Conservam-se 6-7 varas principais das mais jovens (para ir renovando a estrutura da planta) e os ramos laterais que saem destas podam-se a 2 gomos (olhos) de modo a facilitar a floração do ano seguinte. Estes devem guardar uma distância entre eles de 30 a 40 cm.


Um ramo principal de uma roseira trepadeira após a poda de Inverno

Poda Primavera Durante a floração. Dão-se umas palmadinhas na flor para ver se estão firmes ou a perder as pétalas, estas são para eliminar. Poda-se a 5-6 folhas a partir da flor murcha. Ramos novos atam-se à estrutura e despontam-se a 30 cm.

Roseiras trepadeiras remontantes (florescem 2 vezes por ano. Na Primavera e final do Verão, inicio Ourono)

Como trepadeira que é, deve ter um suporte onde se ata com ataduras de borracha (têm elasticidade para não causar feridas nas plantas, nunca ate com arame ou material aramado por dentro).

Poda principal ⇒ Podam-se à saída do Inverno, quando já não há risco de geada (Fevereiro-Março). Conservam-se 5-6 ramos principais entre os mais jovens e vigorosos, para ir renovando a estrutura da planta, que se vão amarrando ao suporte. Os ramos laterais que saem dos principais, podam-se a 5-6 gomos (olhos). O espaçamento entre cada ramo secundário deve ser entre 30 a 40 cm.

Poda de Verão ⇒ Podam-se no fim da 1ª vaga de floração (principio de Julho), para preparar a 2ª vaga de floração (Setembro). 

Vão-se eliminar todas as flores murchas ou a murchar, dão-se umas palmadinhas na flor para ver se estão firmes ou a perder as pétalas, estas são para eliminar.  Poda-se a 5-6 folhas a partir da flor murcha. Podar antes que nas flores formem fruto (onde estão as sementes) para não esgotar a energia da planta.

Ramos novos atam-se aos tutores e despontam-se a 30 cm.

Roseiras miniatura, altas ou anãs

A poda é igual à roseira arbustiva.


Leia também: A página FORMA DAS FRUTÍFERAS.
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