PODA DA AZÁLEA

AZÁLEA (Azalea japonica)

Arbusto da família das Ericaceae, género rododendro, de crescimento lento muito utilizado nos nossos jardins pela beleza das suas flores exuberantes, cujas tonalidades vão do branco ao roxo passando pelo fushia e vermelhos. 

Há dois tipos de azáleas: as de folha caduca que provêm da América do Norte,  Europa e Ásia (Himalaias, Birmânia e montanhas da China) mais resistentes a Invernos rigorosos e cuja particularidade é que surgem primeiro as flores e só depois a folhagem; e as de folha persistente originárias do Japão. Resiste ao frio -10 a -15º C consoante a variedade, mesmo se a azalea japonica após uma forte geada pode perder uma parte da folhagem, recupera na Primavera. Qualquer delas apresenta intensa floração Primaveril. As mais difundidas em Portugal, sobretudo no Norte do país sempre foram as do Japão (azalea japonica). Há séculos que os jardins dos solares do Norte nos brindam com estas flores. Hoje em dia há muitos híbridos.


Azálea japónica (azalea japonica) "Blue Danube"
Imagem: Jardiminhoto

Plantam-se durante o período de dormência da planta, em local de meia sombra de forma a que tenha o sol da manhã e sombra à tarde. Abre-se um buraco com 3 vezes o volume do vaso, mergulha-se este num balde com água até deixar de borbulhar e retira-se a planta do vaso. Desfazem-se ligeiramente as raízes que ao saírem do vaso se apresentam compactas e planta-se com terra de urze (para plantas acidofólicas).  Solo sempre húmido, ácido (Ph 4,5-6), solto e bem drenado. As suas raízes são superficiais pelo que deve palhar com folhas secas e ramos triturados (4-6 cm) de forma a manter a humidade, evitar evaporações e o encharcamento no Inverno. Pede muita água na Primavera e Verão, pois receia a seca. Não gosta de solos ou água calcária. Dá-se bem em zonas húmidas como o Minho. Adubar com adubo próprio para azáleas (o mesmo que o das cameleiras) ou turfa e estrume bem curtido. Há adubo de libertação lenta que pode ser usado.

PODA -  após a floração durante a dormência da planta

Nenhuma poda é verdadeiramente indispensável mas é útil para reduzir ou equilibrar a planta e velar pela sua saúde.

Despontam-se os ramos para facilitar a ramificação e o surgimento de botões florais. Tenta-se manter uma forma harmónica arredondada e qualquer ramo que saia dessa forma corrige-se, acima de um olho virado para fora com uma tesoura de poda sempre limpa e bem afiada. Elimina-se madeira seca, morta e ramos ladrões. Eliminam-se flores murchas à medida que vão aparecendo para facilitar as que vêm a seguir e manter a estética da planta.


Azalea japonica "Blue Danube" (esquerda) e azalea japonica "Sir Robert" (à direita) 
Imagem: Jardiminhoto












           Azalea japonica "Sir Robert"
                     Imagem: Pinterest












Leia também: PODA DE CAMELEIRA/JAPONEIRA 
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