EUROPA EM PERIGO!

Fogos florestais cada vez mais intensos, inundações, secas cada vez mais frequentes e fortes, um futuro sombrio pode atingir países europeus até ao fim deste século. E agora a recessão económica que se avizinha com o Covid-19, não auguram nada de bom.

Quem o diz é a Agência Europeia do Ambiente, tendo divulgado mapas para  ver se assim os dirigentes governamentais de cada país tomam nota e tomam medidas urgentes, já que não lêem os longos relatórios. Já se sabe que a Europa não atingirá os objectivos traçados para 2030 se não adoptar medidas urgentes para contrariar a perca de biodiversidade, as consequências das alterações climáticas e o excessivo consumo de recursos naturais. O risco de aumento das inundações para os países do Sul da Europa como Portugal é de mais de 30% representando um aumento do nível do mar nas zonas costeiras de 20-40 cm de altura se alguma coisa for feita ou de 60 cm-1 m se nada for feito. Para incêndios o risco de aumento é de 40%. Imaginemos o que será para Portugal mais 40% de fogos na época de Verão...

«Portugal está a empurrar o problema com a barriga para a frente. Devíamos estar muito mais preocupados na adaptação do que propriamente na mitigação. Já devíamos ter planos»* O investigador alerta para um aquecimento do planeta em 1,5ºC antes de 2030. Não esquecer que este aquecimento global traz, entre outras, como consequência a subida do nível médio do mar.

Ameaça os ecossistemas, a biodiversidade, os recursos de água, as infraestruturas, habitações e vidas humanas. A Agência Europeia do Ambiente, diz ainda que há 11 Milhões de europeus que vivem a 1 m do nível do mar; 12,9 Milhões a 2m; e mais de 20 Milhões a 6m do nível do mar. Na ausência de qualquer protecção costeira, estas zonas seriam inundadas de modo permanente nas próximas décadas, e devido ao aumento do nível do mar, tempestades e outros, podem ter ainda inundações temporárias. Veja-se as inundações que assolam o Reino Unido há quase um mês.

Quanto ao aumento de chuvas fortes pode atingir os 25% a mais do que era habitual.

No caso dos governos nada fazerem (em Portugal não esperemos que este governo faça alguma coisa), as populações têm que se ir prevenindo como podem, começando por sair das zonas costeiras para zonas mais no interior ou mais altas. Depois das catástrofes será muito difícil vender as casas nessas áreas e a perca será avultada. Aconselha-se a fazerem isso enquanto é tempo. Temos visto nos últimos Invernos e com as últimas tempestades, chuvas fortes, ondas altas e vilas e cidades costeiras inundadas...isto é um aviso. Muitas Câmaras deixaram construir em zonas inundáveis...Diques e sarjetas não têm qualquer manutenção e quando o mau tempo vem as populações é que sofrem.

Cada vila, cada aldeia tem que se informar e começar a prevenir. Porque primeiro que os governos façam alguma coisa, dá tempo de virem todas as desgraças e viu-se com as inundações do Mondego em 2019 e com as inundações em Inglaterra em 2020

* Professor Carlos Antunes, professor auxiliar do Departamento de Engenharia Geofísica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). RTP 18/2/2020.


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