CRISE ECONÓMICA, COMO AGIR?

Os avisos sobre a fragilidade da economia mundial não param de aumentar. Os sinais de que algo grave pode estar a acontecer debaixo dos nossos olhos multiplicam-se. 

Num dia é a Alemanha e a Suécia que avisam as suas populações para guardarem água e alimentos; noutro dia é uma informação sobre o Reino Unido e o Brexit. A crise do Covid-19 que afeta toda a economia europeia e mundial; Portugal que não tem dinheiro para nada e espera pela «bazuca» europeia senão tem de chamar de novo a troika.

Surge depois o anúncio da fragilidade dos Bancos Alemães, em particular do Deutsche Bank, que ainda há 10 anos era o banco mais poderoso do mundo e hoje agonia. Segundo dois analistas financeiros franceses (Olivier Delamarche e Pierre Jovanovich) o banco alemão irá ser liquidado ou em alternativa dividido em dois bancos: o banco bom e o banco mau. 

Segundo Charles Gave, ensaísta, empresário e economista francês, a Alemanha vai entrar em recessão porque tem indústrias que dentro de 20 ou 30 anos não têm futuro. Já hoje, empresas alemãs que eram empresas fortes fecham ou reestruturam-se despedindo milhares de pessoas em toda Europa só para falar desde Junho 2019 (Loewe Tv - 400 pessoas; BASF - 6 000 pessoas; FORD - 12 000 pessoas; dez bancos europeus vão suprimir 44 000 postos de trabalho sendo que só o Deutsche Bank despede 18 000 pessoas)Numa só semana (17-20 Setembro 2019) a FED - Reserva Federal Americana injectou 270 mil milhões de dólares na Banca, para acalmar os ânimos, mas continuam a dizer que está tudo bem... O preço do barril de petróleo disparou após o ataque por drone a um campo de petróleo saudita; 3 companhias aéreas que faliram em apenas uma semana (Aigle Azur, XL Airways e Thomas Cook) e as próximas podem ser a Norweigian e a Allitalia.

A China, a Rússia, a Alemanha que compram cada vez mais ouro e todos os grandes países que se rearmam até aos dentes e compram cada vez mais meios militares (aviões, barcos, armamento) a quem o produz. O Brasil, está um caos; a Espanha já escolheu virar à direita e criar a mudança; em Portugal os média omitem tudo quanto podem e só transmitem concursos e telenovelas e existe uma espécie de censura notável a cada dia. Quando vão avisar as pessoas do que se está a passar?

Percebemos que algo se está passando nos bastidores da economia e política mundiais e que há uma grande tensão e nervosismo. Será uma transformação para as nossas vidas, que está vindo junto com a digitalização do mundo que conhecemos e que deixará de ser como o conhecemos muito em breve, talvez demasiado depressa para a nossa capacidade de adaptação a ele (Portugal com uma população sénior em constante aumento ficará certamente mais fragilizado, pois a capacidade dos séniores se adaptarem à digitalização do mundo é menor), mas que nos fará cada vez mais dependentes do sistema instalado e cada vez mais vulneráveis pois teremos cada vez menos a possibilidade de escolha sobre o nosso caminho, a nossa vida, as nossas escolhas e seremos cada vez mais controlados pelo sistema. 

Começou com não podermos usar dinheiro físico para compras superiores a um determinado valor, continuou com a digitalização de quase tudo nas nossas vidas, surge agora com a quase obrigatoriedade de todos terem um cartão bancário para movimentar as contas e qualquer dia proíbem-nos de ter dinheiro físico ou ouro em casa ou então vão querer saber tudo quanto temos. Será para melhor nos controlarem?? 

As catástrofes mundiais sucedem-se continuamente. São chuvas torrenciais; inundações; tempestades quase todas as semanas; deslizamentos de terras; terramotos; vulcões que entram em erupção de forma cadenciada; granizo de tamanho descomunal; neve amarela; pássaros mortos aos milhares; a frequência Schumman do planeta que disparou...mas os media oficiais calam tudo quanto podem e os governos agem, oficialmente, como se nada fosse, mas nos bastidores e mesmo em segredo as reuniões sucedem-se com carácter urgente.


SEJA COMO FOR O NOSSO CONSELHO SERÁ:

1 - Libertem-se de TODAS as dívidas que tenham para que não fiquem com as vossas vidas condicionadas e nas mãos dos banqueiros ou outras instituições financeiras que fiquem com as dívidas dos bancos;

2 - Não façam mais créditos para coisa NENHUMA. Juntem dinheiro para adquirirem aquilo que querem ou fazer viagens... Não morremos se durante um tempo não tivermos essas coisas ou não fizermos a tal viagem, enquanto juntamos o dinheiro! Compreendam que muitas necessidades são criadas artificialmente (peritos em marketing estudam e analisam até ao mais pequeno detalhe como nos influenciar e levar-nos a comprar o que eles querem, vejam por exemplo a Black Friday...) por empresas multinacionais, pelo sistema financeiro e banca, que ganham milhões com isso, sobretudo quando deixamos de poder pagar. O crédito em Portugal disparou de novo. Saber poupar, na maioria das vezes tem que ver com cada um e não com o valor do salário. Há pessoas que ganham 700€ e conseguem ter uma vida equilibrada e poupar dinheiro e outras com um salário de 100000€ nunca têm dinheiro para nada. 
É preferível pagarem renda por uma casa, se não tiverem dinheiro para a pagar a pronto do que ficarem 30 anos das vossas vidas a pagar pela compra de uma casa que ficará 3 vezes mais cara do que o seu valor real, enchendo descomedidamente os bolsos da banca. Com o excesso do que pagam à banca fariam todas as viagens que desejassem nesses 30 anos em que hipotecaram a vossa vida. Façam as contas, reflictam. Sabemos que em Portugal este é um assunto muito polémico! 
Conheci pessoas que para pagarem o empréstimo ao banco nem tinham dinheiro para comer, mas queriam continuar com aquela casa. E hoje, os filhos não querem saber da casa para nada. Têm as deles, mais modernas e aquela casa dos pais é considerada um mono, um horror... Conheci outros que tinham uma 2ª residência toda paga mas quiseram fazer umas remodelações, não tinham dinheiro, foram pedir empréstimo ao banco por 25 anos! Vão levar 25 anos a pagar as obras de remodelação, quando já estavam livres de dívidas... Não fazem mais nada, não viajam, não vão comer fora, não vão a lado nenhum para poderem pagar ao banco...! Será que as obras eram assim tão importantes? Será que a piscina era tão vital, num país com problemas de seca?
É para os nossos filhos, dizem alguns. Compreendam que daqui a 30 anos haverá casas muitíssimo mais modernas e com as ultimas modas instaladas e tudo o que os vossos filhos vão fazer é venderem a casa que tantos sacrifícios vos custou para ajudar à compra da nova casa dos sonhos deles ou pura e simplesmente demolirem-na para construírem a casa com que sonham. A casa dos nossos sonhos não é a casa dos sonhos deles. Façam as contas, informem-se. Ah...os juros estão baixos! dizem alguns...pois, mas é de propósito, quando «eles» tiverem vendido tudo o que querem a crédito, e feito crescer a área da construção civil, os juros subirão porque é essa a forma da banca ganhar dinheiro. As atuais moratórias acabarão e muitos já perderam o emprego devido à pandemia. Outros têm um trabalho em fulltime, ganham menos de 800€/mês e vêem-se obrigados a recorrer ao banco alimentar. São os novos pobres.

3 - Evitem adquirir produtos financeiros (produtos garantidos; certificados de aforro; seguros de vida; poupanças reforma). Se tiverem dinheiro vosso para investir (já que os juros que a banca dá pelos depósitos a prazo e outras aplicações, é praticamente zero), sem necessidade de pedirem empréstimo, invistam numa casa e terrenos no campo. E comprem ouro. Se coisas graves acontecerem nos países, as cidades são as primeiras a serem afectadas  e teremos de procurar refugio nos campos. E provavelmente o dinheiro no banco não valerá nada. Se tiverem terrenos, cultivem hortas e pomares diversificados. As flores e plantas de jardim são bonitas mas não nos alimentam. É também uma forma de comerem coisas saudáveis e economizarem algum dinheiro. Quem já vive no campo, em caso de crise é só comprarem mais galinhas, coelhos, patos, perus, ovelhas ou cabras e se houver uma crise grave têm tudo o que precisam de primeira necessidade. Evitem porcos e vacas pois precisariam, de que outras pessoas para cuidar deles ou para os matar quando quisessem a carne deles. Também podemos mudar a nossa alimentação para comermos mais legumes, frutas e vegetais e menos carne ou peixe. Façam conservas caseiras. Quem tem rios perto, também pode ir pescar, no Verão não é agradável, devido ao excesso de calor, mas nas outras Estações do ano é muito bom. O objetivo é sermos auto-suficientes e comermos cada vez menos comidas processadas industrialmente e ficarmos o mais fora do sistema possível.

4 - O problema é que para a economia funcionar e crescer tem que haver exportações e consumo interno e uma balança comercial positiva, por isso deveria haver menos importações do que exportações. Se houver estas condições e aumento de salários anual e baixa de impostos a economia funciona normalmente. Mas como não é isso que acontece, as famílias têm cada vez menos dinheiro porque os salários não sobem e os impostos não param de subir e o custo de vida vai aumentando anualmente. A única solução para fazer as famílias consumirem é empurrá-las para fazerem crédito. E assim vão fazer crédito para tudo: para as férias, para comprarem bens para a casa, para comprar carro, para irem aos saldos,  para tudo...! É o consumismo delirante. E o Estado faz igual, mas não faz créditos para investir, mas sim para a despesa corrente do Estado ou para pagar dívida. Assim nasceram as dívidas soberanas e o super-endividamento das famílias. O Estado (governos), não quer saber porque não são eles que terão de resolver o problema, serão as futuras gerações. É irresponsabilidade e incompetência mais elementar. Acrescente-se a isto a corrupção e a falta de valores. Quando reina a mediocridade a incompetência é a regra.

5 - Os bancos centrais vão injectar dinheiro nos bancos para estes não caírem, porque deixar cair os bancos seria o caos social. Mas esta é uma bolha que não tem sustentação, não pode durar, e de facto um dia vai rebentar.  Em algum momento vamos precisar de ser lúcidos. Os BPN's e os BES vão multiplicar-se. Por enquanto os bancos vão reduzindo agências, despedindo umas centenas de funcionários, e aumentando todas as comissões bancárias. Nós vamos cada vez menos ao banco físico, pois hoje em dia muita coisa pode ser feita através da internet, mas reparem que todas as comissões bancárias estão em constante aumento. A banca não sabe mais onde ir buscar dinheiro.

6 - Tenham água e energia fora do sistema instalado, para não ficarem dependentes (mas façam análises à água regularmente). Tenham um furo de água e optem por energias renováveis. Tenham lenha de reserva.

7 - Façam uma reserva de alimentos não deterioráveis, e desidratem alimentos. Tenham um churrasco ou fogareiros e carvão vegetal ou lenha, para poderem continuar a preparar a vossa alimentação em caso de falhas graves de electricidade ou gás. Podem também instalar um forno solar artesanal.

8 - Muitos têm vinhas para fazerem vinho, procurem ter antes vinhas com uva de mesa. Certo que o vinho é muito agradável e uma grande fonte de rendimento e um GRANDE negócio, mas em caso de necessidade ou de precariedade de alimentos a nível mundial, não nos alimentamos de vinho e as empresas vinícolas vão afundar. Porque se houver fome, ninguém precisa de vinho. Mas as uvas sim, podem alimentar-nos!

9 - Cada vez que fizerem uma compra interroguem-se se precisam realmente disso. Qual a importância real de despender dinheiro para comprar esse artigo. Compre apenas se precisar e não compre a crédito. Estude as suas necessidades e da sua família e não compre um bem só porque um amigo comprou. Talvez ele precisasse disso, mas você se calhar não precisa.

10 - Não invista o seu dinheiro em coisas de que não entende. Senão pode perder tudo. Não é porque alguns dizem que ganham muito na bolsa ou noutro negócio que vamos investir nisso se não conhecemos o assunto.

11 - Invista na sua saúde, isso é importante. Não adie mais as consultas e o seu check up. Se não tivermos saúde não conseguimos fazer a nossa vida normal e podemos tornar-nos num peso para a nossa família.

12 - Hoje, nenhum emprego é seguro. Hoje temos emprego mas amanhã podemos não ter. Mesmo empresas  ditas seguras acabam rápido, se houver má administração ou outros eventos e isso são coisas que não podemos controlar. Se temos uma empresa que funciona hoje muito bem, dentro de 2/3 anos podem as coisas mudar e deixar de funcionar bem e termos de nos desfazer dela (se formos os proprietários) ou sermos despedidos (se formos empregados). Precisamos estar preparados e não gastarmos tudo quanto temos a cada mês.

13- Aproveitem as coisas simples da vida, valorizem aquilo que já têm, vivam o presente. O passado já foi, já não interessa, o futuro ainda não chegou e será aquilo que nós fizermos dele hoje, além disso não sabemos se estaremos cá para esse ambicionado ou projectado futuro, portanto vivamos o presente. Aproveitemos aquilo que já conquistámos, os amigos, a família do presente e passemos esses valores aos nossos filhos. Há pessoas que vivem tão projectadas no futuro e no que querem no futuro que vivem correndo e se esquecem de viver o presente e depois, às vezes, acontece um acidente de percurso e não aproveitaram nada do que tinham. Faça um piquenique em família, não é preciso ir a restaurantes o tempo todo. Arranje um local bonito, aprazível junto de um rio, de uma barragem, na montanha, respire ar puro, vá fazer um piquenique em família ou com amigos. Passe mais tempo na natureza. O importante não é ter, é ser.

14 - Faça workshops de artes tradicionais; artesanato; construção natural e coisas ligadas à agricultura que sejam importantes no caso de ter de ir viver para o campo. Muitos citadinos se tiverem de repente e às pressas de ir viver para o campo, não sabem nada de agricultura, nem épocas de sementeira e colheita nem de tradições rurais e terão muita dificuldade em sobreviver no campo e viver do que a terra lhes pode dar. Podem estar à frente de uma terra ou floresta que pode ser uma «mina de abundância» e não saberem como fazer para retirar da terra essa abundância. À frente de um computador podem ser uns peritos, mas para produzir a sua própria comida serem uma nulidade. Em caso de falha severa de electricidade por meses, não haverá Internet, nem computadores. Essa será talvez a maior dificuldade dos citadinos pois deixaram na sua maioria de estar ligados ao mundo rural e não saberão, sequer, por onde começar. Não é por se ter uma vivenda no campo que as pessoas saberão, em caso de necessidade, cultivar uma horta. Portanto faça workshops sobre o assunto. De facto, não sabemos o que o futuro nos reserva, mas os alertas multiplicam-se, por isso é talvez tempo de prestar atenção e agir.

15 - Tenha um rádio a pilhas e pilhas sobresselentes, se não houver luz pode sempre ir ouvindo as noticias e indicações da Protecção Civil.

16 - As nossas hortas podem tornar-se um oásis de vida e bio-diversidade em tempos difíceis. Crie uma sinergia entre as árvores, os vegetais cultivados e os animais. Utilize os recursos biológicos locais.

Tentemos ser melhores a cada dia, sermos honestos, pessoas confiáveis. Vivamos com ética e moral. Ajudar o nosso próximo sempre que nos for possível apenas com o intuito de o auxiliar sem segundas intenções. Criemos abundância nas nossas vidas. Sejamos auto-sustentáveis sempre. Não olhemos para o lado, para o que o vizinho ou amigo têm. Não sabemos o intimo de cada um. Talvez tudo isso seja para essa pessoa um suplicio, por alguma razão. Vivamos felizes com o que temos e aproveitemos a vida hoje.


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5 comentários:

  1. Muito interessante obrigado por as vossas dicas de vida, gosto muito da vossa página, ajudam muito,obrigado

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    1. Obrigada pelo seu comentário, Virgílio. Tentamos sempre dar as dicas mais adequadas a cada momento. Ainda bem se ajudamos a reflectir sobre os assuntos. Bem haja!

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    2. Muito interessante. Não devemos confiar nos bancos, nos políticos, na economia... Mas sim no sistema de saúde???? Será que é a única que não falha? Tenho dúvidas.

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    3. Obrigada pelo seu comentário. Numa crise económica grave, como a de 1929 tudo pode falhar. Mas enquanto as instituições estão a funcionar minimamente, convém tratarmos da nossa saúde. Depois não sabemos como vai ser e o factor medo, pânico social pode instalar-se e agravar a situação. Uma das coisas que fez o sistema de saúde não falhar completamente foi a atitude competente e responsável, de cada profissional que lá trabalha. Bem haja!

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